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Na prisão, Dirceu estuda Direito e varre pátio

Ex-ministro aguarda decisão sobre pedido para trabalhar em em escritório de advocacia

Por Mateus Coutinho
Atualização:

por Fausto Macedo e Mateus Coutinho

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Enquanto aguarda decisão da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal sobre seu pedido para trabalhar na biblioteca do escritório de advocacia José Gerardo Grossi, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) - condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa no processo do mensalão - arrumou ocupação no Complexo Penitenciário da Papuda.

Advogado, Dirceu está fazendo um curso de Direito Constitucional, oferecido a todos os presos em regime semiaberto, e trabalha na limpeza do pátio do estabelecimento penal de Brasília.

"O meu cliente sempre manifestou o desejo de trabalhar", declarou o criminalista José Luís Oliveira Lima. "Enquanto aguardamos a decisão do juiz da Vara das Execuções Penais sobre o pedido de trabalho no escritório de advocacia, o ex-ministro, atendendo às regras impostas, está trabalhando para diminuir o tempo do cumprimento da pena e colaborar com a manutenção do presídio."

Emprego. O próprio José Gerardo Grossi, por meio de carta encaminhada ao advogado de defesa de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, ofereceu o emprego ao ex-ministro.  "O salário com o qual o nosso escritório pode remunerar José Dirceu de Oliveira e Silva é de R$ 2,1 mil mensais", assinalou Grossi no documento.

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Dentre os clientes do escritório de Grossi estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu no processo do mensalão mineiro.

Anteriormente, o ex-ministro havia pedido para trabalhar como gerente administrativo no St Peter Hotel, em Brasília, com salário de R$ 20 mil. O petista, contudo, desistiu depois de uma série de denúncias veiculadas na imprensa sobre a existência de um laranja residente no Panamá na constituição societária do hotel quatro estrelas.

Na ocasião, a defesa anunciou a desistência "tendo em vista o linchamento midiático instalado contra José Dirceu". Os advogados destacaram que a decisão tinha "o objetivo de diminuir o sofrimento dos empresários que fizeram a oferta e dos funcionários do grupo".

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