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Dilma diz que ação da PF na Universidade é 'uma bofetada nos anistiados'

Em nota pública, ex-presidente reage à Operação Esperança Equilibrista, deflagrada nesta quarta-feira, 6, que conduziu para depor o reitor Jaime Arturo Ramirez e a vice Sandra Regina Goulart Almeida

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

A ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Evaristo Sá/AFP

A ex-presidente Dilma Rousseff chamou a Operação Esperança Equilibrista, deflagrada nesta quarta-feira, 6, pela PF, de 'uma bofetada nos anistiados'. A ação foi deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União, contra desvios de recursos da Universidade para implantação do "Memorial da Anistia Política do Brasil".

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Segundo a decisão que deflagrou a ação da PF, 'há indícios de que o atual Reitor, Jaime Arturo Ramirez, e a Vice-Reitora, Sandra Regina, tenham autorizado a exposição cientes das irregularidades'. Ambos foram conduzidos coercitivamente.

Em nota, a CGU informou que foram apurados, até o momento, desvios de mais de R$ 3,8 milhões de recursos vinculados ao projeto do memorial. Além disso, na execução e na prestação de contas da iniciativa, foram verificadas irregularidades, como: falsificação de documentos, pagamento de estágio a pessoas sem vínculo estudantil, desvio de valores para outras contas estranhas ao projeto, além de gastos não relacionados ao objeto da obra.

"Batizada perversamente de "Esperança equilibrista" - uma referência traiçoeira à imortal obra de Aldir Blanc e João Bosco que é simboliza o Hino da Anistia - a operação da PF é uma bofetada nos anistiados e um desrespeito à memória dos torturados e dos que tombaram na luta contra a ditadura", afirma a ex-presidente.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DE DILMA

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"A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 6, mais uma operação espalhafatosa, dessa vez para apurar suspeitas sobre o Memorial da Anistia, obra da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) feita com recursos do governo federal.

Batizada perversamente de "Esperança equilibrista" - uma referência traiçoeira à imortal obra de Aldir Blanc e João Bosco que é simboliza o Hino da Anistia - a operação da PF é uma bofetada nos anistiados e um desrespeito à memória dos torturados e dos que tombaram na luta contra a ditadura.

Isso ocorre meses depois da infundada operação desencadeada na Universidade Federal de Santa Catarina que provocou o suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier.

Novamente, de maneira injustificada, extrapola-se o limite do bom-senso e monta-se uma operação policial que joga para a plateia, ao envolver mais de 80 policiais para fazer conduções coercitivas.

É lamentável que a sombra do Estado de Exceção continue a se projetar sobre as instituições brasileiras".

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