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Diante de juiz da Lava Jato, operador de propinas chora

Defesa de Mários Góes disse ao juiz da Lava Jato que o acusado, preso desde fevereiro deste ano, não tinha condições psicológicas de ser interrogado

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Por Redação
Atualização:

O operador de propinas Mário Góes, delator que teria movimentado dinheiro da WTorre / Foto: Reprodução

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo

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O empresário Mário Góes, suposto operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás, chorou diante do juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira, 17. A defesa de Góes disse a Moro que o cliente, preso desde fevereiro deste ano, não tinha condições psicológicas de ser interrogado.

"Eu estou abalado, realmente. Meu filho teve problemas de saúde", afirmou com a voz embargada.

O filho de Mario Góes, Lucélio Góes, informou à Justiça que foi internado durante a semana. Lucélio Góes prestaria depoimento à Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato, mas não compareceu. Nos autos, sua defesa anexou atestados médicos que indicam a internação.

'Eu estou ficando fraco', diz operador de propinas a juiz da Lava Jato

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"A defesa entende que o interrogatório do acusado neste momento traz a ele e sua defesa intransponível prejuízo. Na medida em que ele é referido em fato e circunstâncias narradas na denúncia com outros corréus que estão em processos desmembrados. Portanto, ele ser interrogado neste momento é extremamente prejudicial", afirmou um dos advogados de Mário Góes.

"De outro lado, conforme antecipado a este juízo, o acusado não tem a menor condição psicológica de ser interrogado nesta data."

A defesa pediu, então, que o interrogatório de Mário Góes fosse remarcado, o que foi indeferido pelo juiz Sérgio Moro.

"Não tem a menor condição emocional e psicológica de ser interrogado nesta data", disse o advogado.

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