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Deputado pede revogação de título de cidadão honorário dado a Dirceu

Felipe Francischini afirmou que honraria é concedida a autoridades com reputação ilibada, algo que, segundo o parlamentar, o ex-ministro não tem

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Por Redação
Atualização:

Por Ricardo Chapola

 Foto: Estadão

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O deputado estadual do Paraná, Felipe Francischini (SD), pediu nesta quarta-feira, 19, a revogação do título de cidadão honorário do Estado do Paraná concedido ao ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) em 2003. Dirceu está preso no dia 3 de agosto, na Operação Pixuleco, 17º capítulo da Lava Jato,sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás. O ex-ministro ocupa uma cela com dois contrabandistas na Custódia da Polícia Federal, em Curitiba.

LEIA ÍNTEGRA DO PROJETO DE LEI APRESENTADO PELO DEPUTADO

A honraria concedida ao petista estava prevista numa lei apresentada pela bancada do PT em 2003 e contou com o apoio do então deputado André Vargas - que também foi preso no âmbito da Lava Jato, em abril deste ano.

"É inconcebível que o Dirceu seja considerado cidadão honorário do Paraná. Ele nada tem de honorário. É apenas um corrupto já condenado que está sendo novamente investigado por ter participado da roubalheira na Petrobrás", disse o parlamentar paranaense, ao citar também a primeira vez em que Dirceu foi preso, depois de ser condenado no processo do mensalão. Atualmente, o ex-ministro também cumpre pena referente àquela ação penal em regime domiciliar.

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José Dirceu. Foto: André Dusek/Estadão

"Do que adianta a gente apresentar um título a alguém se um criminoso preso tem essa honraria? Precisamos restaurar a credibilidade do instrumento".

Para revogar a lei, Francischini apresentou em plenário nesta quarta um projeto de lei que solicita a revogação do título dado a Dirceu. A previsão do parlamentar é de que o projeto seja votado em "duas ou três semanas". "A honraria é dada para quem tem reputação ilibada. E reputação ilibada é o que ele não tem", disse o deputado.

O advogado de defesa de Dirceu, Roberto Podval, disse que "não perderá tempo pensando na postura política do deputado". "Tenho problemas demais para me preocupar", afirmou.

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