O ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto vai cobrir o bloqueio judicial de R$ 4,4 milhões na Operação Lava Jato com dinheiro de fundos de investimentos que mantém no banco Credit Suisse. O Banco Central brasileiro havia achado apenas R$ 864 mil nas contas de Delfim. Os advogados pedem para que, após o depósito por meio do banco suíço, que tem sede no Brasil, sejam desbloqueadas suas demais contas. A Secretaria da 13ª Vara Federal do Paraná já informou ao juiz Sérgio Moro de que abriu a conta Judicial em nome de Delfim para o depósito.
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OS r$ 9 MI DE DELFIMDocumento
O PEDIDO DA DEFESAA Delfim são atribuídos 10% de supostas propinas de R$ 15 milhões pagas pelo consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O restante teria sido rachado entre o PMDB e o PT.
O juiz federal Sérgio Moro havia mandou bloquear R$ 4,4 milhões, valor equivalente a uma parte da suposta propina total de R$ 15 milhões.
A defesa de Delfim juntou documentos aos autos mostrando que ele tem R$ 9 milhões em fundos de investimento no Credit Suisse e pediu para que valores até o teto de R$ 4,4 milhões fossem confiscados deles para que se levantasse o bloqueio em outras contas, que chegou aos R$ 864 mil.
"Rigorosamente, o melhor seria que a Defesa indicasse valores líquidos para bloqueio e transferência a conta judicial, após o que o bloqueio sobre o restante poderia ser levantado", sugeriu Moro.
Nesta segunda-feira, 19, os advogados afirmaram à Justiça que Delfim 'se dispõe a proceder com a liquidação dos valores existentes em seus fundos de investimento perante o Banco Credit Suisse - CSHG e ato contínuo, realizar o depósito em Juízo do valor de R$ 4.444.314,00, razão pela qual requer desde já seja determinada a abertura de conta judicial para realização do referido depósito, com o que restará cumprida integralmente a ordem de bloqueio'.
"Após a comprovação do depósito, requer a liberação de todos os valores bloqueados nas demais contas bancárias do requerente e de suas empresas", requereram os advogados.
A Secretaria da 13ª Vara Federal do Paraná informou a Moro que 'a pedido da Defesa de Antonio Delfim Netto, foi aberta na Caixa Econômica Federal a conta judicial em nome de Antonio Delfim Netto'.