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Delegados apoiam Serraglio, mas já pedem 'fortalecimento' da PF

Em nota, Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal avaliam que peemedebista terá como desafio 'encontrar soluções rápidas para crise de segurança pública que atinge o País

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso , Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:

Dep. Osmar Serraglio (PMDB-PR). Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

No dia em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Blackout lançando pesadas suspeitas sobre dois supostos operadores de propinas do PMDB - os lobistas Jorge e Bruno Luz, que teriam distribuído parte de US$ 40 milhões em propinas a senadores do partido -, o presidente Michel Temer escolheu um deputado federal da legenda, Osmar Serraglio (PR), para o cargo de ministro da Justiça e da Segurança Pública. A PF é atrelada à Pasta.

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Em nota pública, a Associação Nacional dos Delegados da PF - principal entidade de classe dos delegados federais - assinala que 'o deputado tem como principal desafio encontrar soluções rápidas para crise de segurança pública que atinge todo o país'.

"À frente do Ministério da Justiça, Serraglio terá como principal desafio encontrar soluções para acabar com a crise generalizada de segurança pública vivida pelo país'.

A Associação não cita a Operação Lava Jato, nem a Blackout - que mira os dois operadores de propinas para senadores do partido de Serraglio -, mas aproveita para reivindicar uma estrutura mais encorpada para a Polícia Federal. "Será necessário fortalecer a Polícia Federal e demais órgãos de combate ao crime organizado e à corrupção", sugerem os delegados.

A nota, subscrita pelo presidente da entidade, Carlos Eduardo Sobral, destaca que Serraglio foi relator da CPMI dos Correios, investigação que levou ao Mensalão - primeiro grande escândalo do governo Lula.

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"Respeitado deputado federal e professor de Direito, Serraglio foi relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, cujas apurações resultaram na descoberta do escândalo do Mensalão", diz o texto.

Sobral observa que o escolhido para dirigir o Ministério da Justiça preside desde o ano passado a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), 'considerado o colegiado mais importante da Casa'.

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