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Delcídio passa noite em sala especial na PF e deve prestar depoimento hoje

Como parlamentar, o petista possui a prerrogativa de ser mantido em sala especial

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Foto do author Beatriz Bulla
Por Andreza Matais , Beatriz Bulla e Dida Sampaio
Atualização:

Delcídio do Amaral foi preso no dia 25. Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na manhã de quarta-feira, 25, por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato, passou a noite em uma sala especial na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Nesta quinta-feira, 26, o parlamentar recebeu a visita de seu advogado e deve prestar depoimento na própria superintendência. Como parlamentar, o petista possui a prerrogativa de ser mantido em sala especial.

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A possível transferência do senador para o Complexo Penitenciário da Papuda exige determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, quem autorizou a prisão de Delcídio. A solicitação para transferência pode ser feita pela defesa, pelo Senado ou pela própria Polícia Federal se constatar que há necessidade de retirá-lo da superintendência.

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Nesta manhã, Delcídio recebeu a visita do advogado Maurício Leite, que foi acompanhado por outros dois advogados para um primeiro contato com o parlamentar após a prisão.

Já o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, permanece na sede da Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Como a prisão do executivo é temporária, tem duração máxima de cinco dias. Caso seja prorrogada ou transformada em prisão preventiva - sem data para acabar -, Esteves pode ser transferido para Brasília. Ontem, a defesa do banqueiro entrou com um pedido de revogação da prisão no Supremo Tribunal Federal.

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Em conversas gravadas pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Esteves é apontado por Delcídio como um possível financiador do pagamento de vantagens indevidas à família do ex-dirigente da estatal. Nas conversas, o senador tentava comprar o silêncio de Cerveró para evitar menção a seu nome ou nome do Banco BTG Pactual em um acordo de delação premiada.

O chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, também preso ontem, passou a noite em uma cela da superintendência da PF em Brasília. Já o advogado Edson Ribeiro, que também teve ordem de prisão decretada, foi localizado nos Estados Unidos e deve ser trazido a Brasília assim que os trâmites burocráticos para sua prisão forem realizados. Ele foi incluído na lista de "procurados" da Interpol, com autorização do ministro Teori Zavascki.

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