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Delatores devolveram R$ 1,5 bilhão, diz procurador da Lava Jato

Procurador da República Deltan Dallagnol afirmou que as propinas pagas, que teriam sido desviadas dos cofres da Petrobras, somam mais de R$ 6,2 bilhões

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Por Redação
Atualização:

Deltan Dallagnol. Foto: Julia Affonso/Estadão

Por Julia Affonso e Elizabeth Lopes

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O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta terça-feira, 15, que os delatores do caso devolveram voluntariamente cerca de R$ 1,5 bilhão por meio de 28 acordos de colaboração premiada. Segundo ele, as propinas pagas, que teriam sido desviadas dos cofres da Petrobras, somam mais de R$ 6,2 bilhões.

"Todos os acordos foram buscados pelos réus", afirmou o procurador, que participou do lançamento da campanha '10 Medidas contra a corrupção' - iniciativa dos procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato, endossada pela Procuradoria-Geral da República.

+ Corrupção desvia R$ 200 bi, por ano, no Brasil, diz coordenador da Lava Jato

Muitas defesas de investigados na Lava Jato têm dito que as prisões preventivas na operação buscam forçar acordos de delação premiada. Dallagnol afirmou que em mais de mais 80% dos casos, os réus que fizeram o acordo estavam soltos. "A maior parte dos réus, esmagadora, fez o acordo sem nunca terem sido presos."

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Para ele, a Lava Jato passa uma perspectiva de efetividade, por causa do tamanho que o caso tomou . "A sociedade e a opinião pública cobram, se espera uma especial agilidade do poder Judiciário."

'A corrupção não é um problema de um partido ou de um governo', diz procurador da Lava Jato

O coordenador da Lava Jato afirmou que até o momento 150 pessoas foram acusadas criminalmente pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram feitos ainda 55 pedido s de cooperação internacional.

Corrupção. Capitaneada pelo Ministério Público Federal e sem nenhuma vinculação partidária, a campanha '10 medidas contra a corrupção' é um conjunto de providências legislativas propostas para a coibição dos delitos que envolvem o desvio de verbas públicas e os atos de improbidade administrativa. Dallagnol afirmou que a corrupção causa um prejuízo de R$ 200 bilhões por ano ao Brasil.

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A campanha reúne vinte anteprojetos de lei que visam a regulamentar as dez medidas propostas, entre elas a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos e do caixa 2, o aumento das penas, a transformação da corrupção de altos valores em crime hediondo e a responsabilização dos partidos políticos.

 

 

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