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De próprio punho, Lula para Moro: 'Pretendo recorrer'

Ex-presidente, condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi intimado da sentença nesta quarta-feira, 19, por oficial de Justiça

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Por Julia Affonso , Fausto Macedo e Luiz Vassallo
Atualização:
 Foto: Estadão

O ex-presidente Lula assinou nesta quarta-feira, 19, às 9hs da manhã, a intimação de sua sentença de nove anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso triplex. De próprio punha, o petista escreveu: 'Pretendo recorrer'.

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O juiz federal Sérgio Moro condenou Lula no dia 12 de julho pela ocultação da titularidade de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, que seria fruto de propinas da Petrobrás. Na mesma sentença, o juiz da Operação Lava Jato absolveu o ex-presidente de lavagem de dinheiro pelo armazenamento de bens custeado pela empreiteira OAS.

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Nesta quarta-feira, 19, o oficial de Justiça avaliador Luiz Henrique de Santes enviou ao juiz uma certidão em que avisa sobre a intimação de Lula em São Bernardo do Campo, onde mora o petista.

"Certifico e dou fé que, em cumprimento ao mandato retro, em 19 de julho de 2017, às 9h, me dirigi à Avenida Francisco Prestes Maia, Bairo Centro, S.B.Cpo e ai sendo efetuei a intimação de Luiz Inácio Lula da Silva, o qual ficou ciente de todo teor do mandato, declarou que pretende apelar da referida sentença e recebeu a contrafé oferecida mediante assinatura no protocolo do mandado", anotou o avaliador.

"Certifico também que a intimação foi efetuada nesta data, pois em contato telefônico efetuado no dia 14 com o sr. Moraes, segurança do intimado, disse que o sr. presidente estava viajando e somente retornaria no dia de hoje."

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O petista foi condenado por um crime de corrupção passiva pelo recebimento de vantagem indevida do Grupo OAS em decorrência do contrato do Consórcio CONEST/RNEST com a Petrobrás e por um crime de lavagem de dinheiro, 'envolvendo a ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas'.

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Nesta ação penal também foram condenados os executivos José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro - corrupção e lavagem a 10 anos e oito meses -, e Agenor Franklin Medeiros - corrupção ativa a seis anos, ambos da OAS. O juiz da Lava Jato absolveu outros executivos da OAS, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, do crime de lavagem de dinheiro.

Esta a primeira condenação de Lula na Lava Jato. O ex-presidente responde como réu em outro processo aberto por Moro.

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