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'Da esquerda à direita, ninguém estará acima da lei', avisa Janot

Em Brasília, durante encontro com procuradores eleitorais, procurador-geral da República rechaça crítica de que daria prioridade a alguns inquéritos em detrimento de outros

Por Isadora Peron e Gustavo Aguiar
Atualização:

Rodrigo Janot. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira, 10, durante evento em Brasília que reuniu procuradores eleitorais, que não vai hesitar 'em lançar mão dos instrumentos legais que se fizerem necessários para investigar, processar e buscar a punição de corruptos e autores de outros delitos'. Janot disse que não vai desviar 'um milímetro dos parâmetros legais', porque o Ministério Público não é justiceiro.

"Da esquerda à direita; do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da lei, no que depender do Ministério Público. Assim exige a Constituição; Assim exige a República", declarou.

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Janot refutou as críticas do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se diz perseguido pelo procurador-geral. Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por Janot e réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), que o afastou da presidência da Câmara em maio deste ano.

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O senador Fernando Collor (PTC-AL), também denunciado na Lava Jato, é outro parlamentar que se diz perseguido pelo procurador-geral.

Em seu discurso, Janot negou as acusações. "Nunca terei transgressores preferidos, como bem demonstra o leque sortido de autoridades investigadas e processadas por minha iniciativa perante a Suprema Corte", sustentou.

"Acredito firmemente em que a linha distintiva entre a autoridade pública e o transgressor se encontra apenas no limite da lei: o primeiro cumpre-a com fidelidade, o segundo a viola sistematicamente. Rechaço enfaticamente a possibilidade de agir motivado por objetivo que não seja o cumprimento isento da missão constitucional que me cabe desempenhar como membro do Ministério Público."

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