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Como 'doação eleitoral', Picciani recebeu propina da Odebrecht, diz delator

Revelações dos executivos da maior empreiteira do País serão enviadas ao TRF2, no Rio, porque o peemedebista que preside a Assembleia Legislativa do Estado não tem foro privilegiado perante o Supremo

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Por Breno Pires , de Brasília , e Vitor Tavares e de São Paulo
Atualização:

Jorge Picciani é levado a depor na Operação O Quinto do Ouro. Foto: Wilton Junior/Estadão

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB), também aparece nas delações dos executivos da Odebrecht, homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Picciani não será investigado no STF, já que não tem prerrogativa de foro junto à Corte máxima.

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De acordo com o depoimento do executivo Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o Grupo Odebrecht, nos anos de 2010 e 2012, teria repassado a Picciani valores não contabilizados, 'a pretexto de doação eleitoral'.

O ministro do STF Edson Fachin determinou o envio das cópias da delação para o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio.

No documento em que defere o pedido da Procuradoria-Geral da República, Fachin não especifica o valor recebido pelo deputado em propina.

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No último dia 29 de março, Picciani, considerado o 'cacique' do PMDB fluminense, foi alvo de uma mandado de condução coercitiva, na Operação 'O Quinto do Ouro'.

Essa investigação apura pagamentos de vantagens indevidas, em um esquema de desvio de valores de contratos de órgãos públicos para agentes do Estado, em especial conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e da Assembleia Legislativa.

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