PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Coaf remete dados sobre empresa de Lula a investigadores do Paraná, Rio e Brasília

Relatórios que citam movimentação financeira atípica da L.I.L.S vão ser analisados pelo Ministério Público Federal

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Por Andreza Matais, Fábio Fabrini, Ricardo Brandt e Mateus Coutinho

Lula. Foto: AP

PUBLICIDADE

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de inteligência do Ministério da Fazenda, remeteu ao menos três relatórios diferentes indicando movimentação atípica da empresa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a L.I.LS, para investigações diversas do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

Nos últimos dias, foram encaminhados relatórios não só para a Procuradoria da República no Paraná, base da força-tarefa que conduz a Operação Lava Jato, mas também para investigadores no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Em ao menos duas situações, os analistas se depararam com a L.I.L.S, que leva as iniciais do ex-presidente, ao analisarem a movimentação de outras empresas que são suspeitas de irregularidades.

No fim de semana, a revista Veja revelou a existência de um relatório do Coaf que apontou movimentação de R$ 27 milhões da empresa de Lula entre abril de 2011 e maio de 2015. Desse total, R$ 10 milhões tinham como depositantes empresas investigadas na Operação Lava Jato.

Publicidade

A L.I.L.S. é a empresa que o ex-presidente usa para receber recursos de palestras, uma das atividades às quais se dedicou após deixar o Palácio do Planalto.

Em junho, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná, afirmou em despacho que o ex-presidente não estava sendo investigado, mas, conforme investigadores ouvidos pelo Estado, isso não significa que movimentações de sua empresa não tenham sido alvo de apurações.

Como mostrou o Estado na semana passada, a PF gravou conversa do executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos Alencar com Lula, em 15 de junho, quatro dias antes de o empresário ser preso na Lava Jato. O alvo da interceptação era uma linha usada por Salles.

No diálogo, segundo relatório da PF, o ex-presidente se diz preocupado com "assuntos BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)". A instituição é alvo de uma CPI que visa investigar a política de financiamentos a grandes empresas nos governos petistas.

O Coaf não se pronunciou sobre o relatório divulgado pela Veja. "O COAF não comenta casos específicos", se limitou a responder.

Publicidade

COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA:

"Todas as palestras e atividades do ex presidentes foram legais com os impostos devidamente recolhidos"

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.