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Cármen afirma que não se sensibiliza aos direitos humanos 'com mordaça'

Presidente do Supremo negou, neste sábado, 4, pedidos de liminar da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União para permitir a anulação das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que desrespeitem direitos humanos

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Por Rafael Moraes Moura e Luiz Vassallo
Atualização:

Cármen Lúcia Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Ao manter a suspensão da regra que prevê nota zero à prova de quem desrespeitar os direitos humanos na redação do ENEM, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, sustentou que 'não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal'.

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'mordaça'

"Sensibiliza-se para os direitos humanos com maior solidariedade até com os erros pouco humanos, não com mordaça. O que se aspira é o eco dos direitos humanos garantidos, não o silêncio de direitos emudecidos. Não se garantem direitos fundamentais eliminando-se alguns deles para se impedir possa alguém insurgir-se pela palavra contra o que a outro parece instigação ou injúria. Há meios e modos para se questionar, administrativa ou judicialmente, eventuais excessos", argumenta.

Com a decisão, a presidente do Supremo negou os pedidos de liminar feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Advocacia-Geral da União (AGU), que queriam permitir a anulação das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que desrespeitem direitos humanos, conforme previsto no edital do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

A prova de redação do Enem será realizada neste domingo (5).

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A PGR e a AGU recorreram na última sexta-feira (3) ao STF, para derrubar uma decisão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que impediu no mês passado o Inep de atribuir nota zero para redação do Enem que seja considerada "desrespeitosa aos direitos humanos". O colegiado atendeu pedido do movimento Escola Sem Partido.

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