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Cabral vai ficar na PF de Curitiba, berço da Lava Jato, próximo de Palocci, Odebrecht, Cunha...

Ex-governador do Rio, preso sob suspeita de mesadas de propinas de empreiteiras, deve chegar em avião da Federal às 15h30 no Aeroporto Afonso Pena, na capital paranaense; entre os vizinhos de cela estão o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, o empreiteiro delator e o ex-presidente da Câmara

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Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt , Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:

 

Sérgio Cabral chega ao IML em Curitiba, em 10 de dezembro. Foto: Rodrigo Felix/Gazeta do Povo

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) vai ficar preso em uma cela da Polícia Federal em Curitiba, berço da Operação Lava Jato. Preso na Operação Calicute - desdobramento da Lava Jato -, sob suspeita de recebimento de mesadas milionárias de empreiteiras, Cabral deve chegar em avião da PF às 15h30 no aeroporto Afonso Pena, na capital paranaense. Ele já deixou o Complexo Penitenciário de Bangu 8, na zona Oeste do Rio.

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Entre os vizinhos de cela de Cabral na Custódia federal em Curitiba estão o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil/Governos Lula e Dilma), o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

A transferência de Cabral foi requisitada pelo promotor do Ministério Público fluminense André Guilherme Freitas, que atua na Promotoria de Execuções Penais. Freitas informou o juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal do Rio - que mandou prender Sérgio Cabral - que o ex-governador estaria recebendo visitas 'irregulares' - inclusive políticos próximos e autoridades.

A Secretaria de Administração Penitenciária nega procedimentos irregulares.

No Rio, o peemedebista já é réu em ação penal por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa - delatores informaram a Procuradoria da República e a PF que Cabral recebia mesadas de até R$ 500 mil da Carioca Engenharia e de R$ 350 mil da Andrade Gutierrez.

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Em Curitiba, ele é alvo de inquérito por suspeita de recebimento de propinas nas obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), atrelado à Petrobrás. A base da Lava Jato é o esquema de propinas e cartelização na estatal petrolífera.

O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão, um expedido pelo juiz Bretas, o outro pelo juiz Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato.

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