'Como um bom brasileiro que acompanhou' a prisão do ex-presidente Lula, o advogado Jackson Costa Rodrigues, que não integra a defesa do petista, pediu por meio de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, o Tribunal da Lava Jato.
No pedido ao TRF-4, Jackson pede liminarmente, e no mérito, para que o encarceramento do petista seja revertido. O advogado diz entender que pediu o habeas por uma 'irregularidade técnica' na ordem de prisão decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, mas evita comentar a condenação no caso triplex.
"Eu não tenho como dizer porque não tive acesso aos autos. Eu me atentei ao motivo determinante desta segregação", afirmou.
A prisão de Lula para a execução da pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex foi determinada por Moro após ofício do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Para o advogado, o ofício não tinha a determinação 'expressa' para o cumprimento da pena, e faltou ao magistrado 'fundamentar' o encarceramento.
"Levando a um sentido bem estrito da palavra, ele [o ofício do TRF-4] não diz: 'prenda o Lula'. O fundamento do Moro foi baseado num ofício em que não há uma determinação expressa para a segregação", afirma.
Jackson ressalta que pediu o habeas 'considerando que o advogado é indispensável à administração da Justiça'. "Tendo recebido uma irregularidade técnica do decreto e o fato de o habeas poder ser impetrado por qualquer pessoa, isso me levou a buscar de modo a tentar regular essa deformidade técnica".