O ex-presidente da Petrobrás e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, se calou diante do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, nesta quarta-feira, 22, após seu suposto operador, André Gustavo Vieira da Silva, o incriminar em repasse de R$ 3 milhões da Odebrecht em troca de favores à época em que esteve à frente da instituição financeira estatal.
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O publicitário admitiu, em interrogatório anterior ao de Bendine, que recebeu os R$ 3 milhões delatados por executivos da empreiteira. André Gustavo alega ter repassado R$ 950 mil ao ex-presidente da Petrobrás.
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"Estava ansioso, depois desse pesadelo de 7 meses, de ter a oportunidade, pela primeira vez, de me manifestar. Entretanto, eu percebo que sou vítima de um grande complô, uma série de mentiras de pessoas que criam mentiras para comprar liberdade".
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Bendine seguiu, olhando para o magistrado. "Diante desse fato, eu prefiro manter minha verdade, usar minha lei do silêncio, sem prejuízo de que eu possa conversar com o Ministério Público ou com a Polícia Federal, mas, em relação ao processo, eu prefiro permanecer em silêncio".
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ALBERTO ZACHARIAS TORON, DEFENSOR DE BENDINE
A reportagem tentou contato com o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine. O espaço está aberto para manifestação.