O empresário Marcelo Odebrecht, condenado na Operação Lava Jato, revelou em delação premiada à força-tarefa do Ministério Público Federal como operava o setor de propinas do grupo que presidiu até ser capturado por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
Em longos e sucessivos relatos a uma numerosa equipe de procuradores da República, o mais poderoso empreiteiro do País escancarou negociatas, tráfico de influência, fraudes em licitações bilionárias, conluios e a corrupção que atingiu as mais altas instâncias do poder público.
Os depoimentos de Odebrecht, gravados em áudio e vídeo pela Procuradoria-Geral da República, compõem a base dos 76 inquéritos que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, mandou abrir porque envolvem deputados, senadores, governadores, ministros e outros políticos que detêm foro privilegiado.
Outras investigações serão abertas em graus inferiores da Justiça - nestes casos, os investigados são ex-políticos ou agentes públicos que não desfrutam do foro especial.
Os vídeos da delação de Marcelo Odebrecht foram liberados pelo STF nesta quarta-feira, 13.
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