O empresário Alexandre Margotto fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em Brasília. Seu longo depoimento foi gravado em vídeo pelos procuradores da República. Margotto relata minuciosamente como funcionava a máquina de propinas a partir da influência do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e de seu suposto operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro nos negócios da Caixa Econômica Federal.
A J&F, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, negou a intermediação e que Joesley Batista tenha participado de qualquer encontro entre Funaro e Eike. Ainda segundo a empresa, suas relações comerciais com Funaro "são lícitas, legais e devidamente documentadas."
A empresa reitera também que está à disposição do MPF e da Justiça caso haja algo a acrescentar. Sobre Margotto, a J&F afirma que nenhum de seus executivos "tiveram ou têm qualquer relação" com ele.
A defesa de Cunha e de Funaro não responderam aos contatos da reportagem. A defesa de Eike Batista não foi encontrada para comentar a afirmação de Margotto.