Na mira da Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, estão 38 obras da empreiteira Odebrecht em todo o País e no exterior. Os empreendimentos foram destacados pela Polícia Federal em relatório da Omertà, deflagrada nesta segunda-feira, 26, culminando com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).
O relatório é subscrito pelo delegado federal Filipe Hille Pace.
"Relaciono algumas das obras públicas e/ou consórcios e empresas indicadas no documento mencionado, repetindo que, por se tratarem de arquivos recuperados, estão parcialmente corrompidos, não sendo permitindo vincular diretamente as obras e/ou consórcios e empresas indicadas com os beneficiários encontrados e mencionados acima", afirma.
Pace é taxativo. "É indubitável que os nomes que colaciono motivaram pagamento de vantagens indevidas a agentes ainda não identificados."
A Omertà investiga as relações de Antonio Palocci com a Odebrecht.
Planilha apreendida durante a operação, identificou que, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo Palocci.
Segundo a força-tarefa, remanesceu, ainda, em outubro de 2013, um saldo de propina de R$ 70 milhões, supostamente destinados também ao ex-ministro para que ele os gerisse no interesse da legenda.
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