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'Ary Fichinha', operador de Sérgio Cabral, chama padre como testemunha de defesa

Pároco Marcelino Modelski celebrou renovação de votos do casamento do ex-governador do Rio e Adriana Ancelmo em 2010

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso , Fausto Macedo e Ricardo Brandt
Atualização:

 

 

O ex-assessor especial do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e suposto operador do esquema de propinas atribuído ao peemedebista, Ary Costa Filho, o 'Ary Fichinha', convocou um padre como testemunha de defesa. 'Ary Fichinha' é réu por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Marcelino Modelski foi pároco da Igreja de São Jorge, em Quintino, no Rio. Atualmente, ele prega na Paróquia São Benedito, em São Paulo.

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ARY CONVOCA PADRE

Em 2010, o padre celebrou a renovação de votos do casamento de Sérgio Cabral e da advogada Adriana Ancelmo. A cerimônia no Palácio Laranjeiras, no Rio, foi organizada para 'abençoar as alianças do casal'.

O rol de testemunhas de 'Ary Fichinha' consta da resposta de sua defesa à acusação do Ministério Público Federal. No documento, os advogados de Michel Asseff, Michel Asseff Filho, Júlio Cezar Borges Leitão e Marco Aurélio Asseff, que subscrevem a peça, pedem que a denúncia seja rejeitada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, no Rio, 'por absoluta ausência da descrição dos fatos praticados por Ary Filho' e 'por falta de justa'.

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Apontado como "um dos operadores mais importantes" do grupo criminoso de Cabral investigado pela Procuradoria da República, Ary Filho é suspeito de ter atuado para lavar ao menos R$ 10 milhões em propinas por meio de concessionárias de carros e compras de imóveis no Estado do Rio. Deste valor, segundo os investigadores, R$ 8 milhões teriam sido destinados para Cabral.

A defesa solicita ainda uma 'perícia nos aparelhos celulares e computadores apreendidos' com Ary Fichinha e 'nos imóveis em que foram cumpridos os mandados de busca e apreensão'.

Ary era servidor da Secretaria de Estado da Fazenda do Rio, cedido à Secretaria da Casa Civil e foi exonerado em 6 de dezembro de 2016. O operador do ex-governador foi preso em fevereiro na Operação Mascate, desdobramento da Calicute, que prendeu Sérgio Cabral.

O ex-governador está preso desde novembro no presídio de Bangu 8 por suspeita de recebimento de uma mesada de R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. O ex-governador responde a seis ações penais na Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

A reportagem procurou o padre Marcelino Modelski por meio da Arquidiocese de São Paulo. O espaço está aberto para manifestação.

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