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Após prisão de Cabral, oposição consegue assinaturas para duas CPIs na Assembleia do Rio

Deputados estaduais já têm nomes suficientes para investigar as obras de remodelação do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo e fazer uma auditoria dos incentivos fiscais concedidos nos últimos anos

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Por Vinicius Neder e do Rio
Atualização:

Alerj. 16/11/2016 - Foto: DANIEL CASTELO BRANCO/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

No dia da prisão do ex-governador do Rio Sergio Cabral, deputados de oposição ao governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) conseguiram o número mínimo de assinaturas para a instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), para investigar as obras de remodelação do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo e fazer uma auditoria dos incentivos fiscais concedidos nos últimos anos. Pezão foi vice-governador de Cabral.

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O pedido de CPI sobre os incentivos fiscais foi feito pela bancada de cinco deputados do PSOL. Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), candidato derrotado em segundo turno nas eleições para a Prefeitura do Rio, a prisão de Cabral cria constrangimentos para os deputados, inclusive para os que integram a base do governo.

O número mínimo de assinaturas para instalar CPIs na Alerj é 24 dos 70 deputados. O pedido de CPI do PSOL teve assinaturas de deputados de partidos como PRB, PR e Solidariedade, que eventualmente votam com o governo.

Já o pedido de CPI sobre o obra do Maracanã foi feito pela deputada Zeidan, líder do PT na Alerj. A deputada disse a jornalistas que, desde maio, vem pedindo a instalação de uma CPI para apurar denúncias de pagamento de propina nas obras do Maracanã, mas não conseguia o número de assinaturas. "Hoje, a prisão de Sergio Cabral levou alguns deputados a assinarem", disse a deputada.

O caso do Maracanã é um dos investigados pela Operação Lava Jato que sustentaram o pedido de prisão do ex-governador.

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Mais cedo, Freixo disse que a forma como o governo fluminense concedeu incentivos fiscais está na raiz tanto das denúncias de corrupção que levaram à prisão de Cabral quanto à crise fiscal do Estado do Rio.

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