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'Apertei a mão dele uma vez', diz autor de habeas para Lula

Mauricio Ramos Thomaz, que se apresenta como consultor, alega que 'existe uma ameaça concreta' de que o ex-presidente pode ser preso

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Por Redação
Atualização:

Mauricio Ramos Thomaz Foto: Estadão

Por Julia Affonso, Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Valmar Hupsel Filho

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Mauricio Ramos Thomas, de 50 anos, residente em Campinas (SP) se apresenta como consultor. Na tarde de quarta-feira, 24, ele entrou com um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, segundo ele, busca impedir que o petista seja preso, caso alguma ordemneste sentido seja expedida contra o ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato.

"Quando os advogados não conseguem resolver certos problemas, eles me chamam", afirma.

Ele contou que já havia impetrado um habeas corpus em favor do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Diz ainda que estudou ingressar com o mesmo pedido em favor do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ambos estão presos na Lava Jato, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

No caso de Vaccari, o consultor afirma que desistiu, porque o petista tem como defensor o criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso.

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ESTADÃO: O sr. pediu habeas corpus para o ex-presidente Lula?

MAURICIO RAMOS THOMAZ: Sim, fui eu que pedi.

ESTADÃO: Por quê?

MAURICIO RAMOS THOMAZ: Basicamente, porque eu sou paranaense, mas odeio o Paraná. Eu tenho vários casos no Paraná e todos os casos no Paraná tem maluquice. Todos os meus casos no Paraná tem maluquice, seja eu com autor, seja eu como réu. Não réu penal, réu civil. Existe uma ameaça concreta de que o Lula pode ser preso. O Sérgio Moro já atuou no Mensalão, caso você não saiba.

ESTADÃO: Conhece Lula?

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MAURICIO RAMOS THOMAZ: Apertei a mão dele uma vez em 1982, 1983, sei lá o quê.

ESTADÃO: O sr. é filiado a algum partido?

MAURICIO RAMOS THOMAZ: Não. Eu voto no PT e voto sempre no Ivan Valente, do PSOL. Mas veja bem, não tem nada a ver (o habeas corpus) com política, não. Quando eu acredito numa coisa, eu faço a coisa, entendeu? Eu já fiz para várias pessoas, de graça. Quando eu acredito, eu faço.

ESTADÃO: Já tinha pedido habeas corpus para outras pessoas?

MAURICIO RAMOS THOMAZ: Eu tinha pedido para o Nestor Cerveró. Impetrei e está para ser julgado. Só que estão dando um jeitinho lá, como estão dando um jeitinho no Supremo. Ninguém sabe essas coisas. A única pessoa que conseguiu alguma coisa no Mensalão fui eu. Mas ninguém sabe disso.

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