O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu na última semana bloquear até R$ 508,3 milhões em bens da Andrade Gutierrez por suposto superfaturamento no contrato de obras civis da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro.
Documento
RELATORIODocumento
VOTODocumento
ACÓRDÃOA punição da Andrade é a primeira que o tribunal aplica a uma empreiteira alvo da Lava Jato que assinou com o Ministério Público Federal um acordo de leniência - espécie de delação premiada de pessoas jurídicas, que admitem irregularidades e colaboram com a Justiça em troca de redução de penas.
A empreiteira confessou ao MPF e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que houve pagamento de propina e formação de cartel na licitação para a montagem da usina nuclear. Mas insiste que o contrato das obras civis - fruto de outra licitação - não foi inflado.
COM A PALAVRA, A ANDRADE GUTIERREZ Na quarta-feira, 25, a empresa afirmou que vai recorrer da decisão do STF. Além disso, avalia a punição do TCU como 'injusta e contrária ao interesse público, já que ameaça a viabilidade do cumprimento do amplo processo de colaboração que a empresa vem realizando junto aos diversos órgãos e com o TCU'.