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Alexandre de Moraes autoriza abertura de novo inquérito contra Kassab

Executivos da JBS citam propinas de R$ 350 mil ao ministro

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Por Amanda Pupo (Broadcast) e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Ministro Alexandre de Moraes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília, 02/02/2018 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e instaurou, nesta sexta-feira (02), novo inquérito contra o ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicação, Gilberto Kassab (PSD). O pedido é feito com base nas delações de executivos da J&F, controladora da JBS.

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No pedido, a PGR cita que Wesley Batista delatou supostos pagamentos mensais de propina, em torno de R$ 350 mil em favor de Kassab, através da empresa Yape Consultoria e Debates, supostamente sem nenhuma contrapartida, desde o ano de 2009.

Já Ricardo Saud elucidou que, nas eleições de 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT) comprou o apoio político de Kassab e do PSD, indicando o Grupo J&F para fazer os pagamentos, que teriam ocorrido por meio de doações oficiais, através de notas fiscais avulsas, além do pagamento de R$ 5,5 milhões em 22 parcelas de R$ 250 mil, mediante pagamento de notas fiscais frias à Yape, diz a PGR.

"Vale observar que Wesley Batista menciona possuir os documentos referentes à contratação da empresa YAPE CONSULTORIA E DEBATES LTDA. e respectivos pagamentos", destaca a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

A PGR ainda pediu para que Wesley e Saud prestem esclarecimentos, para o detalhamento dos fatos narrados "e para que sejam instados a apresentar toda a documentação comprobatória de suas alegações ou indicar os meios de corroboração de suas assertivas".

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COM A PALAVRA, KASSAB

A assessoria de imprensa do ministro se manifestou por meio de nota às 21h09 desta sexta-feira, 2.

"O ministro entende que a apuração será uma oportunidade para demonstrar, de forma definitiva, a lisura de todos os seus atos. Como já afirmou anteriormente, entende que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário, e ressalta sua tranquilidade e confiança na Justiça".

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