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'Ainda há juízes em Berlim. E em Brasília', diz Janot

Ex-procurador-geral da República publica em sua conta no Twitter manifestação sobre a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federtal, que deu liminar e derrubou convocação de seu ex-braço direito, o procurador Eduardo Pelella, para depor na CPMI da JBS

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot classificou de 'excelente' a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que deu liminar e derrubou a convocação de seu ex-braço direito, o procurador Eduardo Pelella, para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS.

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"Excelente decisão do ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal. Como se diz, ainda há juízes em Berlim. E em Brasília", escreveu Janot em sua conta no Twitter.

Pelella, procurador-regional da República da Terceira Região (SP/MS), foi convocado pela CPI Mista, aberta para investigar o escândalo envolvendo o grupo empresarial que mergulhou o governo Michel Temer na grande crise política.

Pelella foi chefe de gabinete e braço direito de Janot.

O ministro do Supremo acolheu os argumentos da sucessora de Janot, a procuradora-geral Raquel Dodge. Para ela, a comissão extrapolou os limites da sua atuação ao convocar Pelella, 'infringindo as balizas que o princípio da separação de poderes lhe delineia e atingindo garantias constitucionais do Ministério Público'.

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"De fato, não cabe a Comissão Parlamentar de Inquérito dedicar-se a investigar eventuais condutas censuráveis de membros do Ministério Público, muito menos sindicar eventual cometimento de crime por eles", sustentou Raquel.

Para ela, não há dúvidas de que a convocação de Pelella tem o objetivo de 'sindicar a atuação do procurador no procedimento de negociação de colaboração premiada, assunto inequivocadamente relacionado com a atividade finalística do Ministério Público'.

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