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A volta de Cunha a Brasília, sem poder nem influência, condenado na Lava Jato

Quase um ano depois de ser preso, em outubro de 2016, por ordem do juiz Sérgio Moro, que o condenou a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ex-presidente da Câmara será transferido de Curitiba à capital federal para uma série de interrogatórios na PF e na Justiça, onde vai ficar cara a cara com Lúcio Funaro, seu delator

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Por Fabio Fabrini , Fabio Serapião e BRASÍLIA
Atualização:

Eduardo Cunha. Foto: Fabio Motta/Estadão

Quase um ano depois de ser preso, em outubro de 2016, por ordem do juiz Sérgio Moro, que o condenou a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) retorna, nesta sexta-feira, 15, a Brasília, agora sem nenhum resquício do poder e prestígio que o rodeavam, para uma série de compromissos com a Polícia Federal e a Justiça. No próxima sexta-feira, 22, ele vai ficar cara a cara com Lúcio Funaro, seu antigo aliado e agora delator, responsável por acusá-lo de participação no 'quadrilhão' do PMDB da Câmara.

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Cunha será transferido de Curitiba, base da Operação Lava Jato, onde está preso, para a capital federal no avião da PF, no mesmo voo que levou para São Paulo o empresário Joesley Batista, da JBS, cuja custódia preventiva foi decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Ele deve chegar na capital federal por volta das 16h30

Na volta a Brasília, o jato da PF fez uma escala em Curitiba e pegou Eduardo Cunha. Inicialmente, estava previsto que o ex-parlamentar chegaria a Brasília na segunda-feira, 18. A antecipação do retorno de Cunha para esta sexta, 15, facilita os procedimentos e a logística da PF.

O ex-deputado vai ficar, inicialmente, em uma cela da Superintendência Regional da PF em Brasília e, em seguida, será levado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil. O ex-congressista vai depor à PF e será interrogado na 10.ª Vara Criminal Federal em processo em que é réu também por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em operações fraudulentas com recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa. Além de Cunha, são réus nesta ação Lúcio Funaro, seu ex-sócio Alexandre Margotto e o ex-vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa Fábio Cleto. Os dois últimos são também delatores da Lava Jato.

As obrigações de Cunha para com a Justiça serão na sexta-feira, 22, quando ele será interrogado na 10.ª Vara Federal, sob titularidade do juiz Vallisney de Souza Oliveira. Como Lúcio Funaro também é acusado nessa ação, ambos vão se reencontrar.

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