PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

A ética como disciplina da grade curricular obrigatória

Por David Rechulski
Atualização:

Desde muito que a retidão de conduta, os bons costumes, os valores virtuosos vêm se flexibilizando nas sociedades modernas. O excesso de individualismo ganha espaço e se solidifica no jogo do vale tudo, do cada um por si. O A chamada Lei de Gérson, que reza que o certo é levar vantagem em tudo, ganha sucessivos adeptos e força de cláusula pétrea, enquanto que em compasso inversamente proporcional, a ética caminha, em marcha firme, decidida, para a pecaminosa extinção. Logo, a grande questão que se coloca é justamente como resgatá-la de seu sono sepulcral, do tão profundo abismo do ostracismo em que se encontra nos tempos atuais.

PUBLICIDADE

Todavia, a resposta pode ser bem menos complexa do que se imagina, não sendo necessário nenhum milagre ressuscitador, bastando apenas e tão somente vontade política para acrescê-la como disciplina curricular obrigatória, desde os primeiros bancos escolares até o limiar da graduação superior.

Uma efetiva base ética deve ser solidificada ao longo de toda a vida escolar do indivíduo, iniciando-se na idade infantil para permear-lhe a alma como algo indelével e indeclinável, dado que a verdadeira ética só se edifica em uma sociedade quando passa a fazer parte dos valores culturais de seus cidadãos, como princípio coletivo, baseado na convicção de respeito pelo imperativo categórico da lei moral que, na prática, independa da conveniência ou inconveniência das circunstâncias ou consequências pontuais e pessoais.

É a ética do absoluto, sem sofismas, dúvidas, onde fundamentos se traduzam na correta definição do justo, do bem coletivo que mais não é do que a conjunção de valores ou princípios em práticas individuais adequadas, as quais somadas, beneficiem a todos e façam do Brasil um país bem melhor!

*David Rechulski é advogado criminalista com 28 anos de experiência. Foi reconhecido pela revista Forbes como um dos primeiros profissionais no país a trabalhar com compliance já no início dos anos 2000 e integrou a Delegação da 1ª Missão Internacional de Compliance da Amcham em Nova York e Washington.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.