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Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Temer vai a FHC

O presidente Michel Temer visitou o seu antecessor Fernando Henrique Cardoso, em casa, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 27/1. Falaram principalmente da sucessão do ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, mas também abordaram a conjuntura nacional, a reabertura do Judiciário e as eleições para as presidências da Câmara e do Senado na próxima semana.

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Atualização:

Alvo de um sem número de pressões, tanto corporativas quanto até partidárias, Temer já decidiu que, como é do meio jurídico, professor de Direito Constitucional, só indicará para o Supremo alguém que ele conheça, respeite intelectualmente, não tenha se manifestado contra a Lava Jato e esteja em sintonia com os projetos estratégicos do seu governo, como a reforma da Previdência e a flexibilização trabalhista.

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O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, se enquadraria nesse perfil e agradaria FHC, boa parte dos tucanos e o ministro do STF Gilmar Mendes. Ele foi assessor da Subchefia da Casa Civil quando FHC era presidente da República e Gilmar Mendes atuava na área jurídica do governo, com gabinete no Planalto. Gandra, porém, tem sido o mais combatido entre os candidatos à vaga no Supremo, por ser contra o casamento gay e, sendo celibatário, já ter defendido que as mulheres devem obedecer aos homens.

Como já disse Temer a amigos a quem tem consultado sobre nomes, "se for para ser criticado, prefiro ser criticado nomeando o Alexandre". Referia-se ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que é professor de Direito, tem livros publicações e também é identificado não apenas com Temer, mas principalmente com os tucanos de São Paulo. Assim como Gandra, Moraes também enfrenta forte resistências.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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