Ao mesmo tempo em que é libertado da prisão hoje, 28/12, por decisão do ministro Luis Roberto Barrozo, Pizzolato já entrou com pedido de indulto na expectativa de, além de ser solto, ser também liberado de pagar a multa de R$ 2 milhões, em parcelas, pela condenação no mensalão. Ele foi condenado por desvios de R$ 75 milhões da Visanet para a empresa do publicitário Marcos Valério, pivô do escândalo.
A libertação de Pizzolato está mantida e ocorreu no início da tarde desta quinta-feira, mas a estratégia de pedir simultaneamente indulto de Natal não irá progredir. Cármen Lúcia está para anunciar que concorda com a ação impetrada pela procuradora geral da República, Raquel Dodge, contra trechos inteiros do indulto concedido por Temer.
Segundo Dodge, o indulto coloca em risco a Lava Jato, viola vários princípios da Constituição e favorece a impunidade. A decisão de Cármen Lúcia vai mostrar que ela concorda com essas premissas. E o primeiro a "sair perdendo" será Pizzolato, que foi condenado a 12 anos e sete meses pelo mensalão, mas está recebendo "livramento condicional" por decisão do ministro Barroso, que considerou o cumprimento de um terço da pena. Livramento sim, indulto não.