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Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Mexer na "regra de ouro" preocupa países investidores e significa rebaixamento na certa

Embaixadas estrangeiras em Brasília receberam com perplexidade e preocupação a informação de que o governo e o Congresso articulam uma proposta de emenda à Constituição para flexibilizar a chamada "regra de ouro", pela qual o Executivo fica impedido de contrair dívida para pagar emendas correntes, sob o risco de incorrer no crime contra a responsabilidade fiscal.

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Atualização:

A embaixada da Espanha, por exemplo, enviou ofício para a chancelaria de Madri, nesta sexta-feira, 5/1, com a notícia veiculada pela mídia e as críticas que vêm sendo feitas internamente à intenção do governo. O País tem pesados investimentos no Brasil, sobretudo nos setores de telecomunicações e de exploração do Pré-Sal e não gostaria de ver mudanças nas regras fiscais.

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que conversou com o embaixador da Espanha, Fernando Villalonga, foi direto ao ponto e alertou que, se a "regra de ouro" for mudada, o efeito será imediato: "Será rebaixamento na certa da nota do Brasil no rating das agências de risco internacionais".

 

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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