O fato mais importante é que Henrique Mirelles está com um pé no Ministério da Fazenda e, portanto, no comando da economia do virtual governo Temer. Ex-presidente do BC nos 8 anos de Lula, Meirelles é um acerto técnico, pois tem respeito internacional e interno, e uma conveniência política, pois não pode ser criticado por Lula e sempre foi crítico de Dilma.
Depois, a nova reviravolta do PSDB, que era contra o impeachment até entrar na linha de frente do afastamento de Dilma e agora resistia a entrar no governo Temer, mas vai afunilando para participar, sim. Depois do comando de FHC, Temer já se reuniu hoje com Aécio Neves. Vem ministro tucano por aí.
A Comissão do Senado, que já era desde sempre a favor do impeachment de Dilma, vai ter como relator o ex-governador de Minas Antônio Anastasia, tucano e unha e carne com Aécio. Precisa dizer mais?
O juiz Sergio Moro, tratado como inimigo número um nas manifestações anti-impeachment promovidas pelo PT, CUT, MST, UNE, acaba de ser homenageado em Nova York. Ué! Se tem um "golpe" no Brasil, como o juiz da Lava Jato se tornou um ícone no país e é estrela num evento internacional?
E a última "conspiração" contra Dilma foi a história da miss Bumbum que virou primeira-dama do Turismo, sapecou na internet fotos em que não está nada "bela, recatada e do lar" e expõe o governo e a ex-quase-presidente de forma chocante.
Primeiro, o governo desacambou para o feirão de cargos, depois afundou na xepa e está na fase de catar ministro debaixo das mesas e em listas de terceiro escalão do PT. Sinceramente, Dilma bem que poderia passar sem o episódio de bumbuns e peitões no gabinete de um ministro que jamais deveria ser ministro.