Algumas dessas acusações: autorizar escutas ilegais, destruir gravações, receber dinheiro para livrar milicianos da cadeia e repassar para auxiliares bens de criminosos apreendidos pela polícia. Entre esses bens, constavam, por exemplo, carros e armas.
O parecer de Henrique Ávila causou perplexidade no plenário e, ato contínuo, a presidente do STF e do CNJ, Cármen Lúcia, e os conselheiros Márcio Schieffler e Rogério Nascimento já anteciparam que, quando o julgamento for retomado, vão discordar do relator, deixando bem claro que a posição dele está longe de ser consensual. Eles acham que, diante de tantas acusações graves, o mínimo é manter o juiz Rafael de Oliveira Fonseca aposentado.
Além de representante do Senado no CNJ, o relator Henrique Ávila integrava o escritório de advocacia Sérgio Bermudes, que tem sede também no Rio de Janeiro, e foi apadrinhado para a vaga de conselheiro pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.