PUBLICIDADE

Cunha fora do baralho

Soam precipitadas e um tanto equivocadas análises segundo as quais Michel Temer teria a ganhar, mas também a perder, com a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar Eduardo Cunha das funções de deputado e, consequentemente, da presidência da Câmara.

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Por essa ótica, Temer ganhou do STF a liberdade de não precisar se posicionar sobre a condição de Cunha e de livrá-lo de companhia constrangedora, mas perdeu um imprescindível operador dos trâmites legislativos para levar a bom termo as votações das propostas que, como presidente, precisará aprovar. Aqui residem a precipitação decorrente da suposição de que Eduardo Cunha mantém o poder de influência sem o cargo de presidente e o exercício do mandato; e o equívoco de acreditar que Michel Temer e grupo mais próximo não tem experiência, influência e habilidade políticas para negociar a aprovação de medidas no Parlamento.

Um dado essencial: Cunha presidiu a Câmara por meio período. Temer foi presidente da Casa durante três períodos completos. A realidade e o pragmatismo darão conta de estabelecer o prazo de validade do poder de Eduardo Cunha.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.