O presidente Michel Temer disse a interlocutores que não acredita na hipótese de a PGR suspender a delação de Claudio Melo Filho, ex-Odebrecht, a exemplo do que fez com a de executivos da OAS, por ter vazado para a imprensa. Embora tenha mencionado esse fato na carta que enviou ao procurador-geral Rodrigo Janot, a maior aposta do presidente é convencê-lo a dar publicidade simultânea a todas as 77 delações da empreiteira para evitar surpresas a cada semana. Em jantar domingo com deputados, Temer não disfarçou sua indignação.
Durante o jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, domingo, foi o próprio Temer que levantou o assunto da delação da Odebrecht. Alguns dos presentes lembraram que a delação de Leo Pinheiro, da OAS, foi suspensa depois de a revista Veja divulgar, entre outros fatos, que o executivo teria mencionado o ministro Dias Toffoli.
Políticos citados por executivos da Odebrecht em delações se apegam à informação de que uma auditoria interna da empreiteira teria mostrado que alguns funcionários usavam o nome de congressistas para embolsar dinheiro.
Siga a Coluna do Estadão:Twitter: @colunadoestadaoFacebook: facebook.com/colunadoestadao