O governo registrou o movimento feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, assumindo posições contrárias aos interesses do Palácio do Planalto e da equipe econômica. O primeiro sinal veio quando Renan defendeu que a votação do teto de gastos seja feita apenas depois do julgamento do impeachment. Logo depois, decidiu incluir na pauta de votação de hoje do Senado projeto que amplia o Supersimples. Do jeito que a proposta está, o governo federal calcula uma perda estimada em R$ 2,4 bilhões em 2017, bem maior do que aceita.
No caso do Supersimples, Renan diz que haverá impacto imediato na geração de empregos e benefício aos governadores, o que inclui Renan Filho, que comanda Alagoas.
O governo vai tentar adiar a votação ou alterar o texto. Em meio ao esforço, quer entender por que Renan mudou de comportamento e se isso representa risco na votação do impeachment.
Renan também está pressionando o governo para que assuma a responsabilidade de barrar o reajuste dos servidores. "Ou o País está quebrado ou não está e tem que dar aumento para todo mundo", tem dito aos mais próximos.
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