Faltou o governo combinar com o PMDB no Senado o acordo com o PSDB para engavetar o projeto de reajuste salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, e outros oito partidos assinaram pedido de urgência para que o texto seja votado diretamente no plenário, pulando a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos, que está nas mãos dos tucanos. "O PSDB quer enrolar. Por que não vota contra?", diz um líder. Peemedebistas asseguram que Temer deu aval para a urgência antes de "mudar de opinião".
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a interlocutores que não moverá uma palha contra o reajuste. Toda a iniciativa para barrá-lo terá de vir do governo. Além do STF, há pedido de urgência para o procurador-geral e defensoria.
Um dos motivos é que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, teria aceitado antecipar a votação do impeachment com a expectativa de ver o reajuste aprovado. Senadores também prometem votar contra a cassação de Dilma se o aumento não sair.
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