O Planalto e a cúpula do PMDB criaram uma força-tarefa para pressionar os deputados do partido que ameaçam votar a favor da abertura de processo contra Michel Temer. O objetivo é reduzir as defecções e aumentar o número de votos para mostrar força política. Na primeira denúncia, sete peemedebistas apoiaram a investigação e três faltaram. Agora, estão sendo avisados de que o partido não vai mais perdoar dissidentes. "Quem votar a favor da denúncia tem que ser expulso", diz o deputado Carlos Marun (MS), da tropa de choque de Temer.
A lei é pra todos. A pressão do Planalto também será feita sobre deputados de partidos aliados, principalmente siglas que ocupam ministérios. Quem votar contra Temer será tratado como inimigo.
Perdoa? O deputado Aluisio Mendes (Pode-MA) pediu diretamente ao presidente Temer a volta da diretoria de administração da Funasa, cargo que o partido perdeu após votar contra ele na primeira denúncia. Procurado, Aluisio não retornou às ligações.
Saliva. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esteve duas vezes com a procuradora-geral Raquel Dodge desde que ela recomendou ao governo que revogue a portaria sobre o trabalho escravo.
Prepara o café. A última foi ontem quando ele apareceu na PGR sem prévio agendamento. No caminhou ele avisou que estava chegando para a visitinha.
Chama a Gisele. Sobre o episódio do trabalho escravo, interlocutores do Planalto lembram que o presidente resistiu bastante, mas acabou cedendo à pressão e revogando o decreto da exploração da Renca.
No mesmo barco. Aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fizeram chegar ao PT o recado de que, se insistirem com processo contra ele no conselho de ética, o troco será dado com representações contra Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias(RJ).
Fácil. A justificativa para o acordão foi elaborada por um freguês do conselho de ética: os senadores podem ter o mandato cassado por quebra de decoro com base em inquéritos não concluídos e pelos quais podem ser absolvidos.
Virou moda. Os cabeças-pretas do PMDB ameaçam apresentar pedido de renúncia do presidente do partido, Romero Jucá (RR), e votar contra Temer na segunda denúncia.
Dívida antiga. O grupo alega que o partido deve aos diretórios regionais recursos referentes às campanhas municipais de 2016. Temer já foi avisado da crise na bancada.
CLICK. Em meio à polêmica do "alimento granulado" de João Doria para população de rua, o governo Alckmin anuncia "refeição balanceada e de qualidade a R$ 1".
Deadline. Na próxima terça, termina o prazo dado pelo PSDB para que Aécio Neves decida se vai renunciar ao comando da sigla.
Calma aí. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, reivindica aumento de funcionários e juízes auxiliares no seu gabinete. Só 35% dos inquéritos da operação estão com ele.
Não desiste. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, insistirá na expulsão dos quatro deputados que votaram a favor da reforma trabalhista.
PRONTO, FALEI!
"O Tasso perdeu as condições de presidir o partido. O PSDB precisa de bombeiros, não de incendiários", DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre o senador Tasso Jereissati ter defendido a saída de Aécio Neves.
COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA
Siga a Coluna do Estadão: Twitter: @colunadoestadao Facebook: facebook.com/colunadoestadao Instagram: @colunadoestadão