O ministro da Defesa, Raul Jungmann, rebateu críticas ao decreto assinado pelo presidente Michel Temer nesta quarta-feira que autorizou o uso das forças armadas para a proteção do patrimônio público em meio as manifestações na Esplanada dos ministério, em Brasília. Enquanto acompanha a crise do Palácio do Planalto, ele conversou com a Coluna.
O decreto recebeu críticas entre políticos e até de ministro do STF.
Jungmann - O decreto é baseado no artigo 142 da Constituição. Nós fizemos isso nas Olimpíadas, duas vezes no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, em Pernambuco e no Maranhão. É a mesma operação de agora.
Por que se achou necessário usar as Forças Armadas?
As Forças Armadas são acionadas quando as forças locais não têm mais condições de cumprir a ordem. E é o que está acontecendo. Os prédios públicos estão sendo depredados, as pessoas estão desesperadas. Isso é inadmissível. O Exército não está envolvido em repressão. Foi para as ruas para liberar as forças locais de segurança possam cuidar das manifestações. O pedido partiu do Rodrigo Maia e o presidente Temer atendeu.
Os militares não farão o confronto com os manifestantes?
Você não vai ver ninguém do Exército abordando, reprimindo os manifestantes. Vamos fazer a segurança dos prédios públicos. Esse tipo de ação já foi empregado oito vezes. Quando entramos as pessoas pedem para que a gente não saia. Não tem intervenção. É uma atividade normal. Existem muitas notícias desencontradas. O ministro Marco Aurélio é constitucionalista e sabe disso. (o ministro disse que preferia não acreditar ser verdadeira a notícia sobre o decreto)
Houve excessos de ambas as partes?
Não tenha dúvidas de que a provocação partiu dos manifestantes.
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