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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Em mensagem, FHC apela pela unidade do PSDB

Pelo Facebook, FHC diz que o presidente designado do PSDB, Alberto Goldman, deve criar "condições para que líderes experientes e respeitados, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumam posição central no partido".

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Por Andreza Matais
Atualização:

 Foto: Facebook/Fernando Henrique Cardoso

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou o seguinte texto no Facebook sobre a crise no PSDB. Ele faz um apelo pela unidade do partido para que a crise interna não prejudique a sigla na eleição presidencial de 2018. FHC menciona que o novo presidente nacional da sigla, Alberto Goldman, que assume interinamente a vaga, deve criar "condições para que líderes experientes e respeitados, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumam posição central no partido". Ele também diz que irá apoiar a candidatura de Tasso Jereissati à presidência do PSDB em nove de dezembro caso não haja convergência em torno de Alckmin.

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Leia a íntegra da mensagem:

"Diante do ocorrido ontem, e do acirramento que causou nas tensões do PSDB, apelo ao bom senso e às responsabilidades nacionais dos líderes do partido para que busquem restabelecer a unidade. Tal coesão é requisito para enfrentarmos a próxima campanha eleitoral propondo as transformações pelas quais o país clama. Mais importante do que querelas internas ou do que eventual apego a posições, no partido ou no governo, é estarmos atentos ao clamor das ruas, como diz nosso manifesto de fundação. Para termos vez e voz na definição dos rumos do Brasil nas eleições de 2018 é preciso dar sinais claros de nossa própria mudança, criando canais mais amplos para participação dos filiados na escolha dos candidatos e modificando os estatutos para dar mais transparência e responsabilidade às decisões da Executiva do partido e definir regras que permitam a adoção de consulta direta aos filiados nas eleições posteriores a 2018. O apoio às reformas em curso no Congresso faz parte do que acreditamos e do que pregamos. Dentro ou fora do atual governo, este é um compromisso do PSDB. Na próxima campanha, tudo que pareça afastar-se das boas normas de conduta política será condenado, mormente no caso de um partido que se pretende transformador. Estamos jogando o futuro, não apenas os próximos meses. Acredito que o restabelecimento da coesão, com tolerância à variabilidade das opiniões internas, mas também com firmeza de propósitos, requer que o presidente designado do PSDB, Alberto Goldman, crie condições para que líderes experientes e respeitados, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumam posição central no partido. Se porventura tal convergência não se concretizar, o que porá em risco as chances do PSDB, já disse que apoiarei a candidatura do senador Tasso Jereissati à presidência do partido. Com isso, não faço ressalvas ao direito do governador de Goiás, Marconi Perillo, a quem respeito por sua fidelidade ao PSDB e pelo bom governo que faz, de ser eventualmente candidato. A vitória de um ou de outro não corresponde à vitória do bem contra o mal: precisamos permanecer juntos".

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