O Twitter tem sido a principal ferramente de comunicação tanto do presidente em exercício Michel Temer quanto da presidente afastada Dilma Rousseff. Desde que assumiu o mandato, Temer tem usado o microblog para divulgar pronunciamentos em vídeos, uma forma de escapar dos panelaços que fatalmente ocorreriam se optasse pela cadeia de rádio e TV, e notas oficiais.
Neste domingo, por exemplo, Temer postou nota na qual disse que "não cogita disputar a eleição presidencial" de 2018. Uma resposta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que, em entrevista ao "Estado", o lançou na corrida pela sucessão.
Dilma Rousseff também passou a usar mais a rede social depois que foi afastada do cargo. Assim como Temer, divulga vídeos nos quais debate com os internautas temas do momento, faz sua defesa e rebate informações.
Foi pelo Twitter que ela negou que tivesse jogado a toalha na luta para retomar seu mandato. "Tenho uma meta: lutarei até o fim para impedir q esse impeachment ocorra. Quanto + próximo, óbvio q vai haver uma guerra de informações", escreveu.
Na disputa sobre quem fica com a presidência, Dilma leva a vantagem no Twitter. Ela, que se intitula "presidenta do Brasil" tem 4,77 milhões de seguidores; enquanto que Temer, "presidente interino da República", conta com 599 mil. (Andreza Matais)