No Congresso, é considerado quase certo que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentará denúncia contra Michel Temer no STF, na próxima semana. Por isso, Temer e seus aliados já se organizam para barrar o processo dentro do rito que o caso precisa cumprir no Parlamento. Se a denúncia for aceita pelo STF, o processo só poderá ser instaurado se receber aval dos deputados. É lá que está o pulo do gato do governo. No plenário, são necessários dois terços dos votos para que a denúncia avance. Ou seja, com apenas 172 votos, Temer vence.
Diferentemente do pedido de impeachment, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não tem o poder de rejeitar a abertura de processo monocraticamente. Ao recebê-lo, precisa notificar o acusado e despachar para a Comissão de Constituição e Justiça.
A denúncia de Janot precisa, em primeiro lugar, ser aceita pelo ministro Edson Facchin, do STF. Mas o governo duvida que ele recuse o pedido.
Siga a Coluna do Estadão:Twitter: @colunadoestadaoFacebook: facebook.com/colunadoestadao