O baixo clero da Câmara já considera irreversível a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) ao Planalto. Tanto que iniciou um movimento para ocupar a vaga dele no biênio 2019-2020. O vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (MG), já começa a se posicionar. Embora seja do MDB, ele não tem consenso no partido, mas conta com o apoio de um grupo que, apesar da pouca expressão política, tem muitos votos. No ano passado, Fábio venceu outro emedebista com anuência de 264 deputados. Se for reeleito, espera repetir o feito, mas para um andar acima.
Abandono. O presidenciável Jair Bolsonaro começou a perder apoio entre parlamentares do seu núcleo de influência. O deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), um dos mais empenhados na campanha, decidiu se filiar ao Podemos, que tem o senador Álvaro Dias (PR) como candidato ao Planalto.
A última que morre. Inicialmente desmontado, o gabinete da deputada Cristiane Brasil, na Câmara, começa a ser reorganizado por funcionários. Impedida por uma decisão judicial, ela tenta, há mais de um mês, tomar posse como ministra do Trabalho.
À espera. A condenação do deputado João Rodrigues (PSD-SC) pelo STF não resulta em convocação imediata do suplente, Edinho Bez (PMDB-SC). Substitutos de Paulo Maluf e Celso Jacob nem sequer foram convocados pela Câmara.
Cada um... Os três deputados foram condenados. A decisão sobre os suplentes está na mesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Agrado. Para tentar angariar votos, o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), incluirá no seu texto o direito das viúvas de policiais mortos em combate de receber a pensão integral do marido.
Página virada. A ordem no MDB é encerrar as discussões da reforma da Previdência em 1.° de março. Passado fevereiro, a legenda quer cuidar de filiações e se preparar para a eleição.
Me basto. Apesar de frisar que não tentará reeleição, o ministro Carlos Marun (Governo) avisou que não precisa fazer campanha nas ruas. "Tenho votos sem sair de casa."
É pra todos. O deputado Francisco Floriano (DEM-RJ) apresentou projeto estendendo para réus em prisão domiciliar o auxílio-reclusão. Polêmico, o benefício quase foi extinto pelo governo em 2017, que recuou após ameaças de rebeliões em presídios.
No papel. A CNBB prepara uma cartilha para orientar os fiéis nas eleições. Ainda em elaboração, o texto pretende ajudar católicos a escolher candidatos. O material será distribuído em abril e incentivará eleitores a votar em políticos com princípios cristãos.
CLICK. Filho de Pedro Collor, autor das denúncias que resultaram no impeachment de Fernando Collor, Fernando Lyra Collor apoia a candidatura do tio à Presidência.
Tá feito. Apesar da crise na segurança pública, o governador Camilo Santana não deve ter problemas para se reeleger no Ceará. Principal adversário, o deputado estadual Capitão Wagner desistiu da corrida e tentará vaga na Câmara.
Obstáculo. Camilo só terá trabalho se o senador Tasso Jereissati decidir disputar o governo para dar palanque a Geraldo Alckmin.
PRONTO, FALEI!
"Tem candidato forte hoje que não será lembrado em outubro. Outros aparecerão para ser bem votados", DO LÍDER DO PSB NA CÂMARA, JÚLIO DELGADO (MG), entusiasmado com Joaquim Barbosa à Presidência.
COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABOROU ISADORA PERON