Carvalho é relator do processo que concluiu por corrupção nas obras da Repar. Ele queria dispensar as empresas de restituir o que foi dado ao erário em casos de acordo de leniência. Ministros se disseram "estarrecidos".
O clima esquentou e houve bate-boca.
Ao final, Carvalho recuou e a decisão de punir as empreiteiras foi unânime.
Após a publicação da nota, o auditor enviou a seguinte nota para a Coluna:
Prezados Jornalistas (ANDREZA MATAIS / MARCELO DE MORAES),
Ao enaltecer a importância do papel da imprensa livre para a elucidação de todos os fatos, envio a presente nota de esclarecimento, em resposta à matéria lançada na Coluna do Estadão em 25/5/2017. "Durante o julgamento no TCU das obras da Repar, em 24/5/2017, eu defendi (e defenderei sempre) a preservação e a continuidade da Lava-Jato como conquista da sociedade por um país sem corrupção. E, desse modo, ao tempo em que pugnei pelo integral ressarcimento do dano residual em desfavor das empresas não-colaboradoras da Operação Lava-Jato, fui contra todas as propostas tendentes a dificultar ou mesmo a impedir a celebração dos acordos de colaboração premiada em favor dessa operação. Essa medida só pode deixar 'estarrecidos' aqueles que não defendem a Lava-Jato. E aí, como disse durante o julgamento, a gente deve sempre perguntar: a quem interessa prejudicar a Operação Lava-Jato?" Informo aos jornalistas, enfim, que esses fatos podem ser devidamente constatados na gravação da sessão de julgamento junto ao site do TCU. Brasília - DF, 25/5/2017.
Cordialmente,
André Luís de Carvalho.
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