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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Aliados querem Temer coordenando Meirelles; senadores do MDB rejeitam

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Por Redação
Atualização:

 

Interlocutores do presidente Michel Temer passaram a defender que ele coordene a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto. A proposta não foi bem recebida por senadores do MDB, que controlam muitos dos diretórios que vão decidir se o partido vai apresentar nome próprio na disputa. Senadores avisaram ao ministro Carlos Marun, da articulação política, que esperam de Temer que ele desista esta semana da reeleição e se concentre em terminar o governo. Acham que o melhor é ele ficar distante para que sua rejeição não contamine Meirelles.

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Data marcada. A líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), defende a retirada da candidatura de Temer já na terça-feira, quando o partido irá lançar o documento "Encontro com o Futuro". "Não temos tempo a perder com dois nomes. Isso fragiliza o Meirelles", diz.

Presente. O presidente Michel Temer quer anunciar amanhã, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, a assinatura do decreto presidencial que vai reajustar os valores de licitação, congelados há 20 anos. Os preços devem ser corrigidos em 230%, pelo IPCA.

Custo benefício. O aumento vai agilizar compras pelas prefeituras. As carta-convites hoje só dispensam licitação abaixo de R$ 8 mil. Com o reajuste, esse valor pula para R$ 30 mil. A avaliação do governo é que gasta-se muito para licitar valor tão baixo.

Sem aval... O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, deu um chá de cadeira no governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e no deputado Hugo Mota (PRB), na última terça. Com audiência agendada, eles aguardaram uma hora e meia e não foram recebidos por Occhi.

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...Não entra. Congressistas da Paraíba dizem que as demandas do Estado só são atendidas na pasta da Saúde com o aval do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), colega de partido do ministro Occhi. Procurado, o deputado não retornou.

Eclético. Cotado para vice na chapa de Jair Bolsonaro, o senador Magno Malta (PR-ES) se elegeu em 2011 com o apoio de 16 partidos. A chapa incluiu até o PT, principal adversário do presidenciável. O PDT, de Ciro Gomes, indicou suplente.

SINAIS PARTICULARES: Magno Malta, senador pelo PR-ES; por Kleber Sales 

Lupa. A oposição estuda se o presidente Temer ignorou a lei eleitoral ao convocar cadeia de rádio e TV três vezes neste ano. A legislação veda divulgar atos que denotem propaganda política ou ataques a partidos, filiados e instituições.

Precedente. Em 2014, Dilma Rousseff foi multada em R$ 25 mil por pronunciamento do Dia do Trabalho. No feriado deste ano, Temer anunciou em cadeia de TV aumento do Bolsa Família, o "maior salário mínimo da história" e avisou: Enquanto uns criticam, a gente trabalha.

CLICK. Em evento ao lado do prefeito de Sobral, Ivo Gomes (à dir), irmão de Ciro Gomes, Eunício Oliveira (MDB) declarou que o NE tem chance de ter outro presidente.

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FOTO: COLUNA DO ESTADÃO 

Lá vem bomba. Presidente do Senado, Eunício Oliveira tem aumentado o tom das críticas ao governo e não descarta um rompimento. Motivos: a defesa de um 'candidato inviável' ao Planalto; aumentos sucessivos do preço da gasolina, a privatização da Eletrobrás e a defesa da reforma da Previdência.

Cabo de guerra. O novo presidente do INSS será indicado pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Alberto Beltrame (Desenvolvimento Social). O líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), mandou avisar ao governo que terá troco.

Já teve sua chance. André Moura era padrinho de Francisco Lopes, demitido do INSS semana passada.

Alerta. Um dos temores dentro do STF é que aumente os casos de violência contra juízes de primeira instância, depois que a Corte restringiu o alcance do foro privilegiado de deputados federais e senadores.

Recorde. Pelo menos 105 processos contra parlamentares já saíram do STF para outras instâncias.

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Agora vai. O presidente Michel Temer deve sancionar esta semana o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

PRONTO, FALEI!

 Foto: André Dusek/Estadão

"Todo mundo que representa o fim de um ciclo pode se reinventar também", DO PRESIDENTE DA CÂMARA, RODRIGO MAIA (DEM-RJ), na tentativa de acalmar os tucanos, após dizer que a relação DEM-PSDB está terminando.

COM NAIRA TRINDADE. COLABORARAM VERA ROSA, RAFAEL MORAES MOURA E IGOR GADELHA 

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