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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Aliados de Temer querem culpar Rocha Loures no inquérito dos portos

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Por Redação
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FOTO: NAIRA TRINDADE 

 

Aliados de Michel Temer querem colar no ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, aquele flagrado com a mala de R$ 500 mil, a responsabilidade pelos fatos investigados no inquérito dos portos. Está no enredo dizer que, se houve ilegalidade, foi fora do Palácio do Planalto. Apesar da pressão, o Planalto não teme que Rocha Loures possa fazer delação premiada. O advogado de defesa dele, Cezar Bitencourt, é contra acordos de colaboração.

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Em novembro passado, Rocha Loures afirmou em depoimento na Polícia Federal que não recebeu dinheiro para trabalhar por interesses privados na aprovação do Decreto dos Portos (9048/2017). Ele é um dos investigados no inquérito.

Nas 50 perguntas elaboradas pela PF ao presidente Michel Temer sobre a investigação do decreto, Loures é citado 38 vezes. Entre os 6 tópicos do questionário ao Presidente, um deles é dedicado especialmente a Rocha Loures, abordando os "vínculos e confiança em relação aos atos praticados" pelo ex-assessor.

No trecho sobre Loures, a PF pergunta se foi Temer quem determinou que o então deputado acompanhasse as questões relacionadas ao novo decreto dos Portos e por qual motivo os dois conversaram por telefone sobre o processo de edição do decreto.

A pergunta faz referência a ligação interceptada no dia 4 de maio de 2017 pela PF. Nela, o então deputado buscava saber sobre a assinatura do decreto. O presidente da República informou o parlamentar que iria assinar o decreto na outra semana.

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Com o avanço do inquérito, ministros do TCU lembraram que Rocha Loures era figura assídua na corte durante discussão dos efeitos da nova Lei dos Portos.

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