Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comemoraram a sessão de votação do impeachment de Dilma Rousseff por entenderem que o entendimento adotado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, abre precedente favorável ao ex-presidente da Câmara.
"Ao dizer que o plenário delibera sobre proposições que podem ser destacadas, Lewandowski abre precedente para que a Câmara vote um projeto de resolução e não o parecer pela cassação de Eduardo", avaliou um aliado reservadamente.
Se o plenário da Câmara analisar um projeto de resolução, é possível apresentar emenda que proponha pena mais branda, como uma suspensão temporária, livrando Cunha da cassação.
Aliados de Cunha já pretendiam levar o projeto de resolução a votação, como mostrou a Coluna do Estadão, mas, inicialmente, precisavam que o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumisse o desgaste para preterir o parecer do Conselho de Ética. Agora, com o precedente, esse desgaste fica minimizado.
A votação está marcada para o próximo dia 12. (Daniel Carvalho)