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“Eu quase de nada sei, mas desconfio de muita coisa.” (Guimarães Rosa)

De Volta

Após dois meses e tanto, estou de volta. Talvez o leitor conclua: "não há mesmo bem que sempre dure". Compreendo e respeito. De meu lado, no entanto, prefiro acreditar no reverso da medalha: "não há mal que nunca acabe".

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Por Carlos Melo
Atualização:

Foi um final de ano cansativo; a eleição foi desgastante não apenas para candidatos a atores políticos, mas também para analistas. Dedicar-se a atender e explicar todo o quiproquó daquela disputa não foi tarefa simples. Além disso, final de semestre, tarefas de professor, depois férias. Li bastante, cozinhei à vontade, fiz prateleiras, preguei quadros, cansei o corpo; o velho que se renova edifica um tempo sem mesmice.

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Fui, mas aqui estou de volta. Gosto do que faço.

E o cenário político obriga mesmo a voltar: quem consegue ficar impassível com um clima desses? As condições econômica, política e social do país têm se agravado. A governabilidade passa a ser discutida como há muito tempo não era: há todo tipo de fantasias, fantasmas e pesadelos. Somente os sonhos, parece, que se foram O que virá daqui por diante? Aonde isto tudo pode dar? Também a política saberá se renovar? Pesam muitas dúvidas sobre todos nós. Antes de tudo, é bom saber: a história é cruel.

"E onde a dúvida", penso, "que eu leve mais dúvidas". Talvez nada contribua mais com o Brasil, neste momento, do que exercitarmos nossas dúvidas com sinceridade de propósito, sem interesses ocultos, de peito livre, cabeça arejada; sem patrulhas, com o objetivo de superar crises e progredir.

É minha pretensão; minha humilde contribuição: recomeço os textos, neste Blog, deste prestigiado portal do Estadão, que com muita generosidade sempre me acolhe.

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Abaixo, vai o artigo que no último domingo (08.02.2015) publiquei no "Caderno Aliás,", do Estadão; trata do PMDB, uma esfinge devoradora. Outros artigos e comentários virão. Prometo que serão pontuais e comedidos na profusão e no ímpeto. Excesso não só é desperdício: em política, também banaliza a tragédia. Os fatos precisam ser acompanhados com vagar, calma, riqueza de detalhes: a observação, a reunião de fragmentos.

Bem, é isso aí - ou isso aqui! Semana que vem - ou a qualquer momento, se a conjuntura exigir --, virão outros.

Abraços a todos.

Carlos Melo.

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