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Encontros e desencontros

A cidade está cada vez menor. Quanto mais eu evito cruzar com os cabos eleitorais do partido a que estou filiado, mais eles cruzam o meu caminho.

Foto do author Gilberto Amendola
Por Gilberto Amendola
Atualização:

Cansado dessas coincidências, resolvi me apresentar como candidato da legenda para um grupo que estava panfletando na zona sul.

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A recepção foi protocolar. Afinal, eram cabos eleitorais pagos - sem nenhuma empolgação partidária. Me juntei ao grupo por alguns minutos. Distribuí santinhos, mas a sensação era de que eu estava "atrapalhando".

Foi um momento estranho, admito. Mas nada comparado ao encontro que tive com esses "militantes" no centro da cidade.

Como a vida no jornal não se resume à minha candidatura, peguei meu bloquinho e fui realizar uma reportagem na região.

Ainda dentro do carro do JT, avistei um grupo de simpatizantes uniformizados  do meu partido realizando um "bandeiraço".

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Instintivamente, me deitei no banco de trás - para a diversão do fotógrafo e do motorista.  Só abandonei essa posição humilhante depois que o veículo se afastou do grupo.

Até hoje, a uma semana da eleição, continuo me deparando com sinais da minha sigla. Síndrome de perseguição? Não sei. Será?

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