Na etapa de "premissas", quando a metodologia escolhida para o PE realizou o diagnóstico da empresa, os capitais do conhecimento foram mapeados. Este parece um tema muito simples, mas identificar e classificar as informações e conhecimento da empresa, à luz dos capitais do conhecimento, é uma grata surpresa!E assim foram mapeados os capitais:
Capital Humano - as pessoas e suas competências (CHA), indispensável deste capital, que é o mais valoroso para a organização: resultados, a capacidade, o comportamento, o empenho e o tempo, importância ao alinhamento, a liderança e a capacidade das pessoas como principal ferramenta para transformar os ativos intangíveis em resultados tangíveis. Hoje, o capital humano pode ser definido como o conjunto de pessoas dotadas de características próprias de personalidade, com aspirações, motivações e objetivos pessoais e, acima de tudo, de talentos que precisam ser desenvolvidos e permaneçam nas empresas, para que o conhecimento gerado seja mantido e disseminado.
Capital de Relacionamento - pode ser definido como a rede de conexão de uma empresa com seus clientes, fornecedores, colaboradores, parceiros, governo, entre outros, com o objetivo de estabelecer alianças estratégicas e alcançar o sucesso.
Capital Estrutural - pode ser definido como um conjunto de sistemas: administrativos, modelos, rotinas, marcas, patentes, os contratos e sistemas de informação, o mapa de negócios ou modelo de negócios, o plano estratégico, todo o sistema de gestão e seus artefatos.
Capital Ambiental - todas as regulações do setor, os aspectos legais e governamentais, culturais, os indicadores financeiros podem ser descritos como um fator determinante para o sucesso da empresa, uma vez que o ambiente onde ela se encontra, está sempre mudando.
O fato empírico, de utilizar tal padrão de organização com base nos capitais é contagiante e acredito que as organizações deveriam experimentá-lo, para reconhecê-los e "reutilizar", ou melhor, "valorizar" e criar novos ciclos de expansão desses capitais.
Os novos ciclos acontecem quando se reutiliza e faz crescer o que se sabe, acrescido do que se aprende e assim surge a espiral de evolução e da inovação, podendo ser mensurada, pois é registrada, conhecida e reutilizada.
Tenho gerenciado projetos em ambientes colaborativos utilizando aplicativos que agilizam imensamente a comunicação e a organização das informações e conhecimento. Ao final do projeto, todo o ambiente de execução e aprendizado fica disponível e deixa claro as lições aprendidas.Os membros das equipes, diante do ambiente colaborativo e que propicia transparência ao que é realizado, sentem-se comprometidos e à vontade. A produtividade acontece de forma espontânea,
As organizações públicas necessitam investir mais na gestão do conhecimento. As transições de governo não deveriam impactar tanto com a descontinuidade de processos e projetos, considerando que é possível organizar de forma mais perene os capitais do conhecimento, as pessoas, os processos, os sistemas, os stakeholders, os contratos, os planos, os indicadores, etc.
A organização, apoiada pela gestão do conhecimento e com a colaboração dos servidores, cria um repositório vital para a continuidade e reconhecimento das melhores práticas.