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Temos o poder da escolha

Por crespoangela
Atualização:

Texto de Eleni Trindade

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Os consumidores são assediados a todo momento pelo marketing e compram além do que necessitam, mas somente eles podem decidir o que vão ou não comprar.

Essa é a opinião de Cleide Goy, consultora de Marketing do Senac São Paulo e segunda palestrante do seminário. "As ferramentas de marketing são a chave para abrir nossa 'caixa de necessidades', mas nós temos de ser protagonistas e decidir", afirma ela.

Hoje a opinião dos consumidores é ainda mais importante porque o marketing vem se redefinindo com tendência cada vez mais forte para o socialmente responsável e para o relacionamento com os clientes. "Cada vez mais precisamos do consumo consciente, mas as pessoas dedicam tempo a isso?", questionou. "Paramos para pensar de onde vem o produto que estamos consumindo e se os valores da empresa são os mesmos em que acreditamos? Temos de ser mais seletivos", afirmou.

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A especialista lembra que a competitividade entre as empresas exige que elas evoluam para serem opções para o consumidor. "Nos anos 60, saber fabricar qualquer coisa era o suficiente para ter uma empresa. Nos anos 70, era preciso saber fazer com qualidade e altos índices de produção", citou. "Já no ano 2000 a preocupação era fazer melhor ou diferente da concorrência e as empresas passaram a atuar com responsabilidade socioambiental." O consumidor, acredita ela, tem de aprender a dizer não quando a sua relação com a empresa não for boa. "Se não for bem atendido, compre o produto em outro lugar", diz. "Os cidadãos não têm idéia do poder que têm."

É importante, ainda, entender nossa relação com a empresa ou produto que vamos eleger. "Temos uma expectativa, um envolvimento e aceitação e a preferência dependerá das ações que aprovamos ou não nas empresas, pois podemos mudar de idéia."

Há muito a ser feito, na opinião de Cleide. "Uma pesquisa do Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração mostra que 55,4% das pessoas acreditam no consumo consciente, mas essas mesmas pessoas admitem que já compraram produto pirata. Temos de refletir sobre isso para mudar nossas atitudes."

Consumo consciente

Pesquisa da TNS InterScience mostra que 51% das pessoas respeitam as empresas que têm ações de responsabilidade social

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No levantamento anterior, 44% tinham essa preocupação

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Isso significa que o nível de conscientização está aumentando e os consumidores estão cada vez mais exigentes com relação à propaganda, à responsabilidade social e à monitoração da satisfação dos clientes

Cleide Goy cita alguns exemplos em que o consumidor tem acesso a mecanismos para acompanhar as ações da empresas e para fazer uma boa escolha

Ela sugere que o cidadão observe embalagens com informações sobre a origem das matérias-primas e sobre a possibilidade de reciclagem e reúso, sites de compra com ferramentas para avaliação e recomendação de produtos, instituições financeiras atuando com responsabilidade social porque pedem a participação dos clientes e deixam à disposição um telefone 0800 para essa comunicação e empresas que levam os conceitos de consumo consciente para as crianças de forma interativa

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